Quando o amor desponta, milagres acontecem. Até na visão há música e, no som, um silêncio luminoso. O amor é mágico. E todo o ensinamento de Kabir é de amor; ele chama o amor de "divina melodia". O coração, palpitando de amor, torna-se uma flauta nos lábios de Deus... e nasce uma canção. Essa canção é a religião.
Religião não tem nada a ver com igrejas, templos e rituais; ela nasce apenas quando alguém pulsa de amor. Cada indivíduo tem que dar à luz uma religião dentro de si mesmo e, a menos que isso aconteça, você não é religioso. Não adianta você se juntar a uma organização e tornar-se religioso, pois religião não é uma organização a que se possa pertencer. Para ser religioso você tem que dar à luz uma religião em seu ser mais profundo, em seu âmago; quando a religião nasce lá, só então você é religioso. Não ao tornar-se cristão, mas ao tornar-se Cristo; não ao tornar-se budista, mas ao tornar-se Buda, é que nasce a religião.
OSHO (Bhagwan Shree Rajneesh), A Divina Melodia, São Paulo, Editora Cultrix: 1993, pp. 169/173.
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