Balança & Espada

"A justiça tem numa das mãos a balança em que pesa o direito, e na outra a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força bruta; a balança sem a espada é a impotência do direito" (JHERING)



Jurisprudência

segunda-feira, 17 de abril de 2017

DEUS

Deus não é o problema, Deus não pode ser o problema. Deus não está longe; Deus está aqui/agora. Tudo o que existe está em Deus e é Deus. Então, como Deus pode ser o problema? Deus não é para ser procurado: onde você irá procurá-lo? Ele está em toda parte; você só tem que aprender como abrir os seus olhos do amor. Uma vez que o amor penetrar em seu coração, Deus está lá. Na emoção do amor está o Amado: na visão do amor está a visão de Deus.
(...)
Deus e o mundo não são duas coisas; são uma só existência. Existe apena uma existência que, vista sem amor, parece material. Deus, visto sem amor, parece o mundo — o sansara. Visto com amor, o mundo se transforma, transfigura-se... e torna-se divino.
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Pág.192:
Deus é como a floresta: você encontrará uma árvore, uma rocha, um homem, uma mulher, um cachorro, uma cobra, uma estrela — essas coisas você encontrará, mas não encontrará Deus em lugar algum. Deus é o nome da totalidade. Ele existe nessas coisas particulares; não tem existência em outro lugar. Ele existe na cobra, enquanto cobra, existe na árvore, enquanto árvore, na pedra, enquanto pedra e no homem, enquanto homem.
(...)
"Quero conhecer a floresta". E essas pessoas ficarão loucas e nunca encontrarão a floresta. Negando a árvore, não existe floresta. A floresta existe no carvalho, no pinheiro, no cedro; ela se manifesta em milhares de formas. A floresta em si não pode ser encontrada; isso é apenas uma abstração, uma generalidade.
Encontre o particular e esqueça o geral. Essa é a diferença entre religião verdadeira e falsa. A religião falsa dedica-se a abstrações, enquanto a verdadeira dedica-se a coisas particulares. Ame o homem, ame a mulher, ame a criança, ame o animal, ame a árvore, ame as estrelas... Não pergunte por Deus, e você O encontrará.
Amando uma mulher, um animal, uma árvore, pouco a pouco, você descobrirá que a árvore não é apenas uma árvore; ela transcende ela mesma. Amando uma mulher, você perceberá que ela não é apenas o corpo, nem apenas a mente; algo transcendental está escondido por trás. A mulher torna-se uma janela, uma janela para Deus. Seu próprio filho torna-se uma janela para Deus.
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Kabir diz: (...) Não vou perguntar a ninguém onde está o meu Amado. Vou amar e encontrar o meu Amado, amando. Não vou perguntar: "Onde está Deus? O que é Deus?". Não: vou vou começar a amar e, através do amor, a definição de Deus virá para mim. A compreensão virá através do amor, e não através de ideias ou de pensamentos. Começar a amar: esse é o caminho do coração. E o caminho da mente é continuar pensando.
(...)
Pág. 199:
Não fique muito obcecado por palavras — a palavra "Deus" não é Deus, a palavra "amor" não é amor, e a palavra "fogo" não é fogo. Abandone as palavras, e caminhe cada vez mais em direção ao existencial.
Sinta mais, em vez de pensar. Através do sentimento, sua prece surgirá... e um dia você se dissolverá. E quando você se dissolver, Deus está presente.

OSHO (Bhagwan Shree Rajneesh), A Divina Melodia, São Paulo, Editora Cultrix: 1993, p. 181, 192, 193, 199 e 200.



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