Balança & Espada

"A justiça tem numa das mãos a balança em que pesa o direito, e na outra a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força bruta; a balança sem a espada é a impotência do direito" (JHERING)



Jurisprudência

sexta-feira, 31 de março de 2017

MULHER

"(...)(Deus) criou a mulher a partir do homem. Isso significa que a mulher é um refinamento do homem, uma forma mais purificada.
Primeiro: mulher significa intuição, poesia, imaginação. Homem significa vontade, prosa, lógica razão. Esses são símbolos: homem significa uma qualidade agressiva; mulher significa receptividade. A receptividade é mais elevada. Homem significa lógica, raciocínio, análise, filosofia; mulher significa religião, poesia, imaginação — mais fluida, mais flexível. O homem luta contra Deus. A ciência é puramente um produto masculino — o homem lutando, esforçando-se, tentando conquistar. A mulher nunca luta; simplesmente recebe, dá as boas-vindas, espera, rende-se.
A alegoria cristã diz que Deus criou primeiro o homem. O homem é o mais alto no reino animal, mas, no que diz respeito à humanidade, a mulher é mais elevada. Os teólogos cristãos interpretaram isso de uma maneira totalmente errada, de uma maneira machista e chauvinista, Eles pensam que o homem é mais importante, por isso Deus o criou primeiro. Então, os animais deveriam ser mais importantes ainda! A lógica é falsa. Eles pensam que o homem é o principal e que a mulher é apenas um apêndice. No último momento, Deus sentiu que alguma coisa estava faltando, e então pegou um osso do homem e criou a mulher.(...)
Deus criou a mulher depois de ter criado o homem, pois ela só pode ser criada depois. Primeiro tem-se que criar a energia crua; e então, pode-se refiná-la. O refinamento não pode vir antes".

OSHO (Bhagwan Shree Rajneesh), A Divina Melodia, São Paulo, Editora Cultrix: 1993, pp. 50 e 51.



terça-feira, 28 de março de 2017

FRUSTRAÇÃO

"Se não quiser sentir-se frustrado, não espere. Viva sem expectativas, e não haverá frustrações.
Mas as pessoas estão sempre esperando; suas expectativas não têm limites, Então vem a frustração, que é a sombra da expectativa. A frustração não é o problema, e sim a expectativa. Quando você se sente frustrado, pensa que a existência está fazendo algo de errado com você. Não: você estava querendo muito. Na verdade, é só querer algo e se sentirá frustrado. Qualquer querer é querer demais. Não queira, não peça; seja. E então, ficará surpreso — qualquer coisa que acontecer, será bom; você não terá como julgar.
(...)



Não espere nada, e verá que sua vida torna-se uma alegria. Espere, e sua vida torna-se um inferno. A expectativa é a causa. Se você quer mudar, nunca comece pelo efeito: comece pela causa. A frustração é o efeito. Se você continuar lutando contra a frustração, nada acontecerá, e você ficará cada vez mais frustrado. Comece pela causa, sempre procure pela causa. Sempre que estiver se sentindo miserável, vá lá dentro e descubra onde está a causa. E então tudo dependerá de você. Se você quer abandonar o efeito, evite a causa; e então fique muito atento, cada vez mais atento".

OSHO (Bhagwan Shree Rajneesh), A Divina Melodia, São Paulo, Editora Cultrix: 1993, pp. 36 e 37.

AMOR

"Onde quer que sua mente se sinta apegada, não tenha medo do apego: vá fundo nele e tente encontrar Deus lá... e você o encontrará. Você ama uma mulher — não é necessário fugir dela: olhe profundamente em seus olhos... e você encontrará Deus lá. Deus está jorrando por toda parte. Você ama seu filho — não renuncie ao mundo, e não jogue seu filho nesse mundo faminto, violento e feio, não abandone seu filho com lobos: olhe os olhos dele. Coloque seu ouvido sobre seu coração e ouça profundamente... e você encontrará Deus lá.
Kabir diz: Incondicionalmente, onde quer que a mente se atenha, perceba o ser supremo.
(...)
Onde quer que você deposite seu amor, não há necessidade de fugir ou de renunciar. Deixe que seu amor seja sua prece".
"O amor vai além da polaridade, o sexo permanece abaixo. O sexo necessita do oposto; o amor, não. Por isso, no sexo há sempre um conflito sutil; com os opostos a harmonia não pode ser total. Talvez por alguns momentos, mas o conflito torna a voltar. Os amantes estão sempre lutando. Os psicólogos dizem que quando dois amantes param de brigar é sinal de que o amor desapareceu. Os amantes são inimigos íntimos. Estão sempre se provocando, discutindo. Existem momento sem que eles se dissolvem completamente um no outro, mas esses momentos são muito raros.
Com o amor, a polaridade desaparece. O amor é mais como uma amizade. Você pode amar uma árvore, uma pedra, as estrelas, as plantas, você pode amar qualquer coisa. O amor não tem nada a ver com a polaridade macho-fêmea; está além dos opostos, por isso a unidade é mais profunda.
(...)
O amor é incondicional; o sexo é condicional. No sexo há um tomar e dar; no amor, você simplesmente se derrama. Você não pede; não há o que pedir. E você recebe mil vezes mais, sem pedir nada. Tudo vem por si mesmo: a existência inteira lhe devolve, como um eco.
(...)
No amor, a prece e o sexo se encontram.
(...)
Pág. 144:
... se você ama, como poderá ser dono? Se você ama, como poderá reduzir o outro a um escravo? Amor é liberdade; o amor tem raízes na liberdade e floresce na liberdade. A Suprema fragrância do amor é a liberdade. 
(...)
O relacionamento só é possível entre iguais e quando não existe medo.
(...)
Quando há o medo, o amor não pode entrar: eles nunca estão juntos.
(...)
Pág. 181:
O Amor é o único milagre que existe. O amor é a escada do inferno para o céu. Aprendendo bemo amor, você aprendeu tudo. Perdendo o amor, toda a sua vida está perdida. As pessoas que perguntam sobre Deus não estão realmente perguntando sobre Deus, mas declarando que nã coheceram o amor. Aquele que conheceu o amor conheceu o Amado; o amor é a percepção do Amado. Aquele que pergunta sobre a luz está simplesmente dizendo que é cego. Aquele que pergunta sobre Deus, está dizendo que seu coração não floresceu para o amor.
(...)
Na emoção do amor está o Amado: na visão do amor está a visão de Deus.
(...)
Sem amor, a vida é uma coisa enfadonha e cinza, sem cores, sem canções, sem celebrações. Só se pode esperar pela morte; ela virá e o livrará dessa vida arrastada. O amor traz cor: o cinza transforma-se num arco-íris, explode em mil e uma cores, e o banal e enfadonho torna-se psicodélico. O amor transforma todo o estado do seu ser e, com essa mudança, toda a existência muda.
(...)
Pág. 181:
Quando o amor desponta, milagres acontecem. Até na visão há música e, no som, um silêncio luminoso. O amor é mágico. E todo o ensinamento de Kabir é de amor; ele chama o amor de "divina melodia". O coração, palpitando de amor, torna-se uma flauta nos lábios de Deus... e nasce uma canção. Essa canção é a religião.
(...)
Pág. 196:
Ame, mas não deixe que seu amor se torne lascívia. Ame, mas não deixe que seu amor se torne apego, dependência, escravidão. E então... então ame tremendamente. Então não haverá mais medo. E amando você poderá atravessar para a outra margem, sem nenhuma dificuldade.

OSHO (Bhagwan Shree Rajneesh), A Divina Melodia, São Paulo, Editora Cultrix: 1993, pp. 17, 18, 96, 97, 144, 181 e 196.



domingo, 26 de março de 2017

CRISTIANISMO

"O cristianismo teria sido beneficiado tremendamente se a cruz tivesse sido esquecida, pois com ela vem a morte. Chamo o cristianismo de 'cruzianismo'. É uma religião da morte, da cruz; é séria, triste. Se a cristandade tivesse dado mais atenção a Jesus, teria surgido uma visão do mundo totalmente diferente. Deveria ter sido dada mais ênfase ao Cristo ressuscitado, e não ao crucificado. Então, o cristianismo teria sido mais positivo em relação à vida: nem a morte poderia matar, nem a cruz poderia destruir — Jesus ressuscitou! Então, os cristãos teriam dançado, cantado e celebrado, e as igrejas teriam sido mais humanas. Mas isso não aconteceu; toda a cristandade tornou-se muito apegada à cruz.



Na verdade, todos nós estamos muito apegados à morte; ela nos impressiona mais. Se alguém está vivo, não nos importamos muito em estar felizes com ele, mas se esse alguém morre, nós choramos. Nunca pensáramos nisso antes: aquele homem estava vivo há apenas um dia atrás e poderíamos ter dançado juntos, ter celebrado alguns momentos, e poderíamos nos ter permitido a benção divina — nunca pensamos nisso. Agora ele está morto, agora choramos. Não parecemos estar muito interessados na vida; parecemos estar muito interessados na morte".

OSHO (Bhagwan Shree Rajneesh), A Divina Melodia, São Paulo, Editora Cultrix: 1993, p.7.