(...)
O fato é que não há nenhum "eu" independente, separado da mente e do corpo, que os possua. Seus olhos, orelhas e assim por diante são de fato objetos que você vê corretamente como "meus", mas eles não existem da maneira como aparecem tão explícitos para sua mente, isto é, como possuídos por um "eu" inerentemente existente.
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Quando você se dá conta de que o "eu" não existe inerentemente, "meu" deixa de poder existir inerentemente.
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Assim também, quando o pensamento "eu" surge na dependência de mente e corpo, nada na mente e no corpo... é o "eu". Do mesmo modo, não há nada, nem a mais insignificante das coisas, que seja uma entidade diferente de mente e corpo passível de ser apreendido como o "eu". Em consequência, o "eu" é simplesmente constituído pela conceitualidade na dependência de mente e corpo; não é estabelecido em virtude de sua própria entidade".
DALAI LAMA, Como saber quem você é, Org. Jeffrey Hopkins, Rio de Janeiro, Agir: 2008, p. 114 e 166.
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