"O cristianismo teria sido beneficiado tremendamente se a cruz tivesse sido esquecida, pois com ela vem a morte. Chamo o cristianismo de 'cruzianismo'. É uma religião da morte, da cruz; é séria, triste. Se a cristandade tivesse dado mais atenção a Jesus, teria surgido uma visão do mundo totalmente diferente. Deveria ter sido dada mais ênfase ao Cristo ressuscitado, e não ao crucificado. Então, o cristianismo teria sido mais positivo em relação à vida: nem a morte poderia matar, nem a cruz poderia destruir — Jesus ressuscitou! Então, os cristãos teriam dançado, cantado e celebrado, e as igrejas teriam sido mais humanas. Mas isso não aconteceu; toda a cristandade tornou-se muito apegada à cruz.
Na verdade, todos nós estamos muito apegados à morte; ela nos impressiona mais. Se alguém está vivo, não nos importamos muito em estar felizes com ele, mas se esse alguém morre, nós choramos. Nunca pensáramos nisso antes: aquele homem estava vivo há apenas um dia atrás e poderíamos ter dançado juntos, ter celebrado alguns momentos, e poderíamos nos ter permitido a benção divina — nunca pensamos nisso. Agora ele está morto, agora choramos. Não parecemos estar muito interessados na vida; parecemos estar muito interessados na morte".
OSHO (Bhagwan Shree Rajneesh), A Divina Melodia, São Paulo, Editora Cultrix: 1993, p.7.
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