Balança & Espada

"A justiça tem numa das mãos a balança em que pesa o direito, e na outra a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força bruta; a balança sem a espada é a impotência do direito" (JHERING)



Jurisprudência

terça-feira, 28 de março de 2017

AMOR

"Onde quer que sua mente se sinta apegada, não tenha medo do apego: vá fundo nele e tente encontrar Deus lá... e você o encontrará. Você ama uma mulher — não é necessário fugir dela: olhe profundamente em seus olhos... e você encontrará Deus lá. Deus está jorrando por toda parte. Você ama seu filho — não renuncie ao mundo, e não jogue seu filho nesse mundo faminto, violento e feio, não abandone seu filho com lobos: olhe os olhos dele. Coloque seu ouvido sobre seu coração e ouça profundamente... e você encontrará Deus lá.
Kabir diz: Incondicionalmente, onde quer que a mente se atenha, perceba o ser supremo.
(...)
Onde quer que você deposite seu amor, não há necessidade de fugir ou de renunciar. Deixe que seu amor seja sua prece".
"O amor vai além da polaridade, o sexo permanece abaixo. O sexo necessita do oposto; o amor, não. Por isso, no sexo há sempre um conflito sutil; com os opostos a harmonia não pode ser total. Talvez por alguns momentos, mas o conflito torna a voltar. Os amantes estão sempre lutando. Os psicólogos dizem que quando dois amantes param de brigar é sinal de que o amor desapareceu. Os amantes são inimigos íntimos. Estão sempre se provocando, discutindo. Existem momento sem que eles se dissolvem completamente um no outro, mas esses momentos são muito raros.
Com o amor, a polaridade desaparece. O amor é mais como uma amizade. Você pode amar uma árvore, uma pedra, as estrelas, as plantas, você pode amar qualquer coisa. O amor não tem nada a ver com a polaridade macho-fêmea; está além dos opostos, por isso a unidade é mais profunda.
(...)
O amor é incondicional; o sexo é condicional. No sexo há um tomar e dar; no amor, você simplesmente se derrama. Você não pede; não há o que pedir. E você recebe mil vezes mais, sem pedir nada. Tudo vem por si mesmo: a existência inteira lhe devolve, como um eco.
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No amor, a prece e o sexo se encontram.
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Pág. 144:
... se você ama, como poderá ser dono? Se você ama, como poderá reduzir o outro a um escravo? Amor é liberdade; o amor tem raízes na liberdade e floresce na liberdade. A Suprema fragrância do amor é a liberdade. 
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O relacionamento só é possível entre iguais e quando não existe medo.
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Quando há o medo, o amor não pode entrar: eles nunca estão juntos.
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Pág. 181:
O Amor é o único milagre que existe. O amor é a escada do inferno para o céu. Aprendendo bemo amor, você aprendeu tudo. Perdendo o amor, toda a sua vida está perdida. As pessoas que perguntam sobre Deus não estão realmente perguntando sobre Deus, mas declarando que nã coheceram o amor. Aquele que conheceu o amor conheceu o Amado; o amor é a percepção do Amado. Aquele que pergunta sobre a luz está simplesmente dizendo que é cego. Aquele que pergunta sobre Deus, está dizendo que seu coração não floresceu para o amor.
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Na emoção do amor está o Amado: na visão do amor está a visão de Deus.
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Sem amor, a vida é uma coisa enfadonha e cinza, sem cores, sem canções, sem celebrações. Só se pode esperar pela morte; ela virá e o livrará dessa vida arrastada. O amor traz cor: o cinza transforma-se num arco-íris, explode em mil e uma cores, e o banal e enfadonho torna-se psicodélico. O amor transforma todo o estado do seu ser e, com essa mudança, toda a existência muda.
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Pág. 181:
Quando o amor desponta, milagres acontecem. Até na visão há música e, no som, um silêncio luminoso. O amor é mágico. E todo o ensinamento de Kabir é de amor; ele chama o amor de "divina melodia". O coração, palpitando de amor, torna-se uma flauta nos lábios de Deus... e nasce uma canção. Essa canção é a religião.
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Pág. 196:
Ame, mas não deixe que seu amor se torne lascívia. Ame, mas não deixe que seu amor se torne apego, dependência, escravidão. E então... então ame tremendamente. Então não haverá mais medo. E amando você poderá atravessar para a outra margem, sem nenhuma dificuldade.

OSHO (Bhagwan Shree Rajneesh), A Divina Melodia, São Paulo, Editora Cultrix: 1993, pp. 17, 18, 96, 97, 144, 181 e 196.



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