"Aquilo que escreveste sobre o comunismo é completamente certo. Não posso imaginar uma utopia mais absurda, nem algo mais discordante das características naturais da natureza humana. E como será enfadonha e insuportavelmente incolor a vida, quando se estabelecer (caso se estabeleça) esta igualdade de bens. Pois a vida é a luta pela existência e, se não houver mais esta luta, não haverá mais vida, e sim um estado vegetativo sem sentido" (TCHAIKOVSKY, 1883).
(Piotr Tchaikovsky:Biografia, Alexander Poznansky, G.Ermakoff, Rio de Janeiro: 2012, pág. 412)
Balança & Espada
"A justiça tem numa das mãos a balança em que pesa o direito, e na outra a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força bruta; a balança sem a espada é a impotência do direito" (JHERING)
Jurisprudência
domingo, 6 de setembro de 2015
A BANALIDADE DO MAL - II
Por Hanna Arendt
"Não preciso disso", declarou quando lhe ofereceram o capuz preto. Estava perfeitamente controlado. Não, mais do que isso: estava completamente ele mesmo. Nada poderia demonstrá-lo mais convincentemente do que a grotesca tolice de suas últimas palavras. Começou dizendo enfaticamente que era um Gottgläubiger, expressando assim da maneira comum dos nazistas que não era cristão e não acreditava na vida depois da morte. E continuou: "Dentro de pouco tempo, senhores, iremos encontrarmos de novo. Esse é o destino de todos os homens. Viva a Alemanha, viva a Argentina, viva a Áustria. Não as esquecerei". Diante da morte, encontrou o clichê usado na oratória fúnebre. No cadafalso, sua memória lhe aplicou um último golpe: ele estava "animado". esqueceu-se que aquele era seu próprio funeral.
Foi como se naqueles últimos minutos estivesse resumindo a lição que este longo curso da maldade humana nos ensinou — a lição da temível banalidade do mal, que desafia as palavras e os pensamentos.
Eichmann em Jerusalém: Um Relato sobre a Banalidade do Mal, Hannah Arendt, São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 274)
"Não preciso disso", declarou quando lhe ofereceram o capuz preto. Estava perfeitamente controlado. Não, mais do que isso: estava completamente ele mesmo. Nada poderia demonstrá-lo mais convincentemente do que a grotesca tolice de suas últimas palavras. Começou dizendo enfaticamente que era um Gottgläubiger, expressando assim da maneira comum dos nazistas que não era cristão e não acreditava na vida depois da morte. E continuou: "Dentro de pouco tempo, senhores, iremos encontrarmos de novo. Esse é o destino de todos os homens. Viva a Alemanha, viva a Argentina, viva a Áustria. Não as esquecerei". Diante da morte, encontrou o clichê usado na oratória fúnebre. No cadafalso, sua memória lhe aplicou um último golpe: ele estava "animado". esqueceu-se que aquele era seu próprio funeral.
Foi como se naqueles últimos minutos estivesse resumindo a lição que este longo curso da maldade humana nos ensinou — a lição da temível banalidade do mal, que desafia as palavras e os pensamentos.
Eichmann em Jerusalém: Um Relato sobre a Banalidade do Mal, Hannah Arendt, São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 274)
terça-feira, 1 de setembro de 2015
A ESCOLA
POR JORGE QUADROS
Escola não pode ser medida apenas como ambiente destinado à aquisição de conhecimento, voltado para concurso vestibular.
Escola, também, deve ser avaliada como lugar onde os pais podem deixar seus filhos para que possam aprender a conviver e interagir com seus semelhantes (colegas), superiores (professores) e funcionários, bem como lugar onde possam aprender lições de respeito e civismo, enquanto aqueles (os pais) podem exercer suas atividade habituais fora de casa, especialmente o lazer e o trabalho.
(Processo 30.541-62/2013, 3ª Vara Cível do Fórum Regional de Santana, São Paulo-SP).
Escola não pode ser medida apenas como ambiente destinado à aquisição de conhecimento, voltado para concurso vestibular.
Escola, também, deve ser avaliada como lugar onde os pais podem deixar seus filhos para que possam aprender a conviver e interagir com seus semelhantes (colegas), superiores (professores) e funcionários, bem como lugar onde possam aprender lições de respeito e civismo, enquanto aqueles (os pais) podem exercer suas atividade habituais fora de casa, especialmente o lazer e o trabalho.
(Processo 30.541-62/2013, 3ª Vara Cível do Fórum Regional de Santana, São Paulo-SP).
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